Rede tem, agora, 19 pontos para descarte gratuito de restos de obras em pequenos volumes
A prefeitura de São Paulo inaugurou, sexta-feira, o Ecoponto Jardim Maria do Carmo, o 19.º da cidade, que atenderá à região do Butantã. A rede foi criada para atender quem tem até 1 m³ de resíduos de construção para descartar. Antes da abertura dos ecopontos, em 2005, o morador deveria contratar uma caçamba para recolher os resíduos, o que custa entre R$ 120 e R$ 150.
No último mês, os ecopontos paulistanos receberam 2 mil m³ de resíduos inertes, como são chamados restos de madeira, alvenaria, gesso, vidro, móveis velhos e todo tipo de bagulho. O acumulado do ano até agora está em 17 mil m³, que acabariam nas ruas segundo Valdecir Papazissis, coordenador do Núcleo Gestor de Entulhos do Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb). “O descarte irregular, nas ruas, entope bueiros e cria problemas para os próprios moradores”, diz.
Os ecopontos foram criados para atender às exigências da Resolução n.º 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), como uma solução para a coleta e correta destinação de 65% do lixo inerte produzido na cidade, que vem de pequenas obras. O projeto, desenvolvido pelo Grupo de Ação Conjunta, que reúne o SindusCon, a Secretaria do Meio Ambiente e os caçambeiros, regulou ainda a atuação dos caçambeiros, que passaram a ter cadastro na Limpurb. A lista de empresas também cresceu no período.
Papazissis diz que a meta é implantar uma unidade em cada um dos 96 distritos da cidade. “A dificuldade para isso está diretamente ligada à disponibilidade de área. Temos outros 16 ecopontos em processo de implantação, que deverão se encerrar até o final do primeiro semestre de 2008. O coordenador ressalta que a contratação de caçambeiros não cadastrados implica risco de descarte irregular.